Produzindo pó de titânio esférico para utilização em manufatura aditiva

[:pb]Quem imaginaria que o formato esférico de um pó metálico em uma unidade de medida de mais de 1µm – ou seja, a milésima parte de 1 milímetro – faria toda diferença na indústria de manufatura aditiva? Esse tipo de produção, chamada de processamento de pó por plasma indutivo, é altamente complexo e também extremamente caro. “É um processo que além de esfererizar, é possível atomizar, recondicionar, enfim, é bem flexível para obtenção de diferentes tipos de pós utilizados na manufatura aditiva”, explica Carlos Eduardo Podestá, que é doutorando em Engenharia de Materiais pelo IPEN e coordenador de vários projetos de pesquisa na área, entre eles:

– Ligas metálicas de Ni-Cr e Co-Cr pelo processo de microfusão e ligas metálicas de Ni-Cr e Co-Cr pelo processo de moagem de alta energia (MAE) e atomização;
– Esferiodização de pós metálicos a plasma para manufatura aditiva;
– Recondicionamento de pós metálico por plasma indutivo para manufatura aditiva;
– Estudo, desenvolvimento e aprimoramento de pós metálicos atomizados a gás para aplicação e utilização no processo de Fusão Seletiva a Laser e Electron Bean Melting para confecção de próteses ortopédicas.

Podestá explica que, após o tratamento por plasma, é possível obter nanopartículas de características bem peculiares para fins industriais, como pós mais esféricos, densos, livres de partículas satélites, e com alta escoabilidade e alto fator de empacotamento. “É possível beneficiar todos os tipos de pó para manufatura aditiva ou impressão 3D, como é também conhecida”.

Sistemas de lavagem de pó industrial


Agora se isso tudo por si só parece suficientemente complexo e minucioso, imagine obter uma lavagem dessas nanopartículas para remoção de partículas ultra finas – da ordem de 20µm a 40µm – para serem reutilizadas na manufatura aditiva de materiais? “Algumas partículas chegam a passar por vários ciclos de impressão 3D, e depois é processada e ‘lavada’ para aprimorar a escoabilidade”, conta Podestá. Essa é, aliás, uma patente da Tekna, empresa com sede no Quebéc, Canadá. 

Podestá nos concedeu uma entrevista no stand da Tekna durante o Inside 3D Printing de 2016. No evento deste ano, no entanto, tivemos a oportunidade registrar na íntegra a palestra do engenheiro, que é sócio-proprietário na Highbond Indústria de Ligas Metálicas e conta um pouco mais desse fascinante mundo dos pós metálicos para as áreas médica e aeroespacial: 

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