Indústria 4.0: “Revolução muito mais de consumo do que de tecnologia”

Nos acostumamos a usar o termo “Manufatura Avançada” praticamente como sinônimo para “Manufatura Aditiva”. Embora muito próximos em significado, a chamada “Manufatura Avançada” é como o macro contexto onde a Manufatura Aditiva (MA) se insere, literalmente possibilitando um meio eficaz para a materialização e potencialização de [macro] iniciativas que englobam desde IoT, a Wearables, Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA), a Big Data, Nanotecnologia e Computação de Alta Performance, entre inúmeras outras “tecnologias habilitadoras” disponíveis e ainda em formação.

Fazer essa breve distinção entre os termos “Manufatura Avançada” e “Manufatura Aditiva” é oportuno para destacar o papel fundamental da impressão 3D no ecossistema industrial como um todo. Afinal, a transformação da indústria convencional para a Indústria 4.0, que ocorre a passos largos nos mais países mais desenvolvidos, tendo Alemanha e Estados Unidos no topo da cadeia, passa pela MA em diversos aspectos além da simples evolução de maquinário.  

“A gente tem duas características que são fortes na área de MA: tanto o desenvolvimento de novos materiais, como de novos processos, e aí a MA não será necessariamente layer-by-layer”, arrisca o Prof. Dr. Eng. Jefferson Oliveira Gomes, do SENAI/ITA. “Mas, se fundamentalmente você desejar desenvolver um bom equipamento, precisará dos dados sendo trabalhados na máquina. E o resultado prático disso não é só crescimento no número de patentes de máquinas, mas também de empregos e empresas. Só na área de MA com polímeros, temos quase uma centena de startups operando no Brasil”.

Jefferson fala com a propriedade de quem representa uma figura-chave na estratégia para a criação de uma “Política Nacional de Manufatura Avançada” para o Brasil. Entre 2015 e 2016, uma “força-tarefa” envolvendo cientistas e especialistas de entidades como SENAI, ITA, CNI, BNDES, CNPq, SEBRAE e CTI Renato Archer, entre muitas outras, com iniciativa do governo federal, desenvolveram um importante estudo intitulado “Perspectivas de especialistas sobre a Manufatura Avançada no Brasil”. O resultado do trabalho foi apresentado em uma série de workshops realizados em diversas capitais brasileiras ao longo de 2016.

E na palestra abaixo, realizada no IPT/USP em março deste ano, o Prof. Dr. Eng. Jefferson Oliveira Gomes apresentou os “pontos nevrálgicos”, em um resumo desse importante estudo:

Acesse aqui a íntegra do documento. 

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